01/04/2024

Livro - Luz no Caminho / Máximas

 

 


 

Há dentro de ti está luz do mundo;
a única luz que pode iluminar o caminho. 
Se fores incapaz de perceber lá dentro de ti;
será inútil procurar fora.
Ela é inalcançável porque sempre recua.
Tu entrarás na luz mas nunca tocaras a chama.
 




Antes que os olhos possam ver, devem ser incapazes de lágrimas.
Antes que o ouvido possa ouvir, deve ter perdido a sensibilidade.
Antes que a voz possa falar em presença dos Mestres, deve ter perdido a possibilidade de ferir.
Antes que a alma possa erguer-se na presença dos Mestres, é necessário que seus pés tenham sido lavados no sangue do coração.

 

01/03/2024

Chakra Vibhuti - O Coração do Coração



 

O VIBHUTI ou CARDÍACO SUPERIOR apresenta-se como um minichakra, com dimensões cerca de quatro vezes menor do que o Anahata.

Este Sistema, constituído por estes dois Chakras Cardíacos, começam a vibrar como um pêndulo de um relógio, o que provoca um poderoso efeito vibratório que ativa a Glandula Timo e cria uma ligação energética intensa entre os meridianos Nadhis que ligam o coração ao Timo.

Tal conexão faz com que este sistema crie uma nova Sensibilidade e um novo Sentido Afetivo super Sensorial baseado na lei das afinidades vibracionais.

Por esta razão o VIBHUTI é chamado “O Chakra dos Mestres”, pois promove o relacionamento telepatico entre o Mestre espiritual e os Discípulos encarnados na Dimensão fisica densa.

Segundo os Ensinamentos do Vedanta e do Tantra Advaita Vidya atemporal, a designação hindu de “Chakra dos Mestres” mostra a função de Percepção Astral Superior deste Chakra.

O CARDIACO SUPERIOR ou Vibhuti é, na verdade, o Chakra das Afinidades Telepaticas, pois ele estabelece uma Sintonia direta entre os Corações das pessoas comprometidas com o Desenvolvimento Espiritual e cria uma Afinidade Vibratoria de Amor entre os seres humanos despertados que buscam a Verdade Superior.

Esta Afinidade e Sintonia acontece entre as pessoas motivadas pelos Ideais Superiores do Amor Universal, da Sabedoria Cosmica e da Beleza Transcendental da Vida.


O CHAKRA CARDIACO SUPERIOR desperta nos corações humanos os sentimentos elevados de Simpatia Fraternal e Idealismo Devocional, e também a Grande Afinidade Mística com o Universalismo Religioso, Divino, e Esotérico; livre e sem dogmas.

A Palavra Vibhuti significa “Expressão da Glória Divina”, e é um nome usado para as Manifestações dos SIDDHIS dos Mahatmas e Mahasats; este nome foi dado á ele devido ao Poder vibracional e Esplendor místico que ele desperta na Aura humana, desencadeando Sentimentos elevados da mais alta e sagrada significação.


O Despertar do Chakra Vibuthi tem uma conexão com a Sephira Daath, a oculta Sephiroth da Kabbalah Superior; que simboliza um estado místico onde todas as outras Sephiroth se identificam, como um reflexo da luz divina inundando a natureza humana.



 
Portanto são de suas oito “pétalas” ou raios energéticos que os Raios do SHAKTIPAT ou poderes vibratorios MAHASIDDHIS do Mestre se direcionam aos Corações dos discípulos, cada uma delas conferindo a percepção da Transcendência energética dos SIDDHIS, irradiada no Plano Átmico.

Cada uma delas são as “pontes” correspondentes aos Poderes Mahasiddhicos dos Mestres Superiores, latentes na MONADA COSMICA ou “centelha divina” de cada ser humano.

Tais poderes dos quais os Mahatmas são possuidores são descritos no clássico manual do Hatha Yoga “Gheranda Samhita”, no qual o mestre Gheranda ensina seu discípulo Chanda Kápali os fundamentos do Tantra Advaita Yoga, assim como a descrição e classificação do estado de Samádhi, ou comunhão plena com o universo.

Nesta obra são descritas a ordenação destas “Pétalas” segundo as correspondências dos poderes Siddhis do Adepto iluminado ou MAHASAT.

São estas:

1- “Laghima”, que confere o poder de anulação da gravidade; O poder de levitar, através da anulação da inércia e consequente eliminação da força gravitacional. Este poder desperto através da vibração da 1.ª “pétala”, destrói a inércia da Matéria Densificada, que aqui toma o sentido de inércia espaço-temporal que nos prende ao Universo Físico e que ao ser anulada, nos liberta, permitindo-nos a Levitar nos mundos densificados da 3ª Dimensão .

2- “Manana” ou MAHIMÃ, a alteração da estrutura das formas aparentes nos mundos materiais; O “poder bioplástico” ou Holobiokinético de mudar a forma física, estatura e a aparência vibracional para qualquer forma que se deseje. Também tem o sentido da Autotransformação energética do carácter e da natureza psicológica interna, ou seja, da Personalidade para a Individualidade Atmica-monádica superior.

3- “Vashuta” ou VASHITA, o domínio das ilusões psíquicas, e também da cura das doenças; O poder de criar ou de destruir as Mayas-vadas, ou sejam, ilusões e fascínios que afetam a Mente das pessoas. É também a capacidade, mesmo em forma reduzida, de manipular a Energia Electromagnética Cósmica da Kundalini.
Os Adeptos Reais podem utilizar este Poder Sidhi para ressuscitar um indivíduo que tenha falecido há poucas horas, ou seja, com o duplo etérico intacto ainda ligado ao corpo físico inerte.

4- “Animan” ou HANAMAN , a projeção da consciência para qualquer ponto do Espaço; O poder de focar a Consciência em qualquer ponto ou região desejada, esteja próxima ou longínqua.
Quando o Tantra Yogi alcança o estado de Dhâranâ, coloca imediatamente em atividade este 4.º Siddhi.

5- “Prapti” ou PARAMAN, o poder de transferir esssa consciência para outros corpos vivos ou energeticos sutis ( o poder de criar o Corpo de Luz “Tulku”); é o poder de transferir a Consciência para qualquer ponto do Universo. Corresponde também ao estado de Samadhi, este que é o estado de “Êxtase Supremo” ou comunhão absoluta com o Eterno, no qual o Tantra Yogi pode afirmar com toda a legitimidade: “Eu e o Pai somos Um”!

6- “Prakamya” ou PARANTAPA o poder absoluto da vontade focalizada sobre a matéria densa (Kriyashakty); O poder absoluto da Vontade, ou melhor, da Supra-Vontade como Vontade Superior ou Divina.
Este Sidhi caracteriza a natureza mental interior dos Iniciados verdadeiros que realizaram a Suprema Expansão Mental Divina.

7- “Ishita” ou SHAMA,, o domínio mental e regencial sobre todos os seres vivos ;O poder de alcançar a Supremacia sobre todos os seres manifestados. Diz-nos os Mestres Yogis que o poder deste 7.º Sidhi refere-se, na realidade, à supremacia de poder decidir, de forma totalmente independente, o que se deseja Ser e Vivenciar, possuindo o nome oculto de Shama.

8- “Kama-Vashayta” ou SHUHAN, o domínio e a aniquilação dos desejos inferiores. O poder de dominar os desejos, sublimando-os e transmutando-os alquimicamente.
É também a capacidade de ficar indiferente a toda e qualquer emoção, seja ela de alegria ou de tristeza. Comportando o nome oculto Shuhan, este Sidhi transposta o Yogi para o estado de Consciência mais elevado possível, o qual antecede o grande mergulho no Absoluto, como fizeram os Grandes Iluminados, ou os Seres Perfeitos da natureza como Krishna, Budha, Cristo, Zoroastro, etc....
 

O Chakra Vibhuti, como sequencia evolutiva do Cardíaco Anahata, atua como um canal superior por onde fluem as energias Cosmicas Supraessenciais, que equilibram os Chakras, e ativam a conexão com as energias dos Mestres Cósmicos no Mundo Astral Superior.

O mais elevado Chakra, o Chakra MahaSahashara ou ShivabrahmaNanda, que desperta acima do Coronario, faz a conexão astral com Todo o Cosmo.

O Chakra Cardíaco Superior ou Vibhuti, faz a conexão com os Mestres.
 
É um pequeno Chakra em tamanho mas que possui altíssimas vibrações e se engrandece através da Evolução, tornando-se o Chakra das Afinidades que promove a Unidade Transpessoal e Fraternal entre os humanos da Terra.

Ele é a conexão sagrada com os Estados Cósmicos superiores de Consciência.






Fonte:

01/01/2024

O Persifal de Wagner - Aspecto Esotérico



O grande compositor Richard Wagner (1813-1883) inspirou-se em antigas lendas germânicas para produzir a sua magistral obra musical, destacando-se a ópera Parsifal que concluiu um ano antes da sua morte. Trata-se de uma ópera com forte carga mitológica e simbólica que exige a posse de conhecimentos esotéricos para poder-se penetrar o sentido profundo da mitologia germânica riquíssima em tradições ocultas. Parsifal é uma obra profundamente iniciática, na realidade é um roteiro para a superação do Homem na sua longa e árdua jornada na Face da Terra.

Basicamente, na ópera Parsifal destacam-se seis personagens principais, cada um deles expressando determinados valores iniciáticos. São eles: Titurel, Klingsor, Amfortas, Parsifal, Kundry e Gurnemanz. Estes personagens vêm a ser reflexos ou arquétipos psicológicos de determinadas experiências vividas por todos nós.

 

TITUREL, O GUARDIÃO DA TAÇA 

Titurel é um cavaleiro valente que por ser portador de muitos méritos ficou como guardião de objectos de valor excepcional, ou seja, foi- lhe confiada a guarda da Divina Taça do Santo Graal, bem assim como a da Lança com que o centurião Longuino feriu o Nazareno por ocasião do sacrifício que lhe foi imposto. Com o passar do tempo, Titurel, já envelhecido, transferiu o precioso legado ao seu filho Amfortas.

Como sempre acontece, a Obra dos Deuses na Face da Terra sofreu combate cruel por parte daqueles que estão contra a Lei Divina. Como polarização dos contrários, apondo-se a Titurel está o mago negro Klingsor. Este mago expressa os restos kármicos dos males acumulados pela Humanidade através das Idades. Klingsor ambicionava pertencer à divina progénie da Guarda do Santo Graal, contudo, não possuía os valores exigidos para tão excelso desiderato. Carecia da pureza exigida aos Cavaleiros que guardavam a Taça Sagrada, e por isso foi recusado por Titurel que era inflexível no cumprimento do seu dever.


KLINGSOR, O MAGO TENTADOR

Klingsor foi tomado de profunda revolta por ter sido preterido nas suas ambições de ser Cavaleiro. Jurou que, custasse o que custasse, se apossaria das relíquias sagradas do Graal. Ele sabia, como mago que era, que a posse da Taça implicaria na aquisição de poderes sobre-humanos, a fim de com eles satisfazer a sua vaidade e ambição de poder. Visando esse objectivo, Klingsor constrói um Castelo Encantado em volta do qual havia um Jardim de Delícias onde as flores se transformavam em belas mulheres, com o fim de tentarem seduzir os Cavaleiros que procuravam alcançar o pico do Monte da Salvação ou Mons Salvat. Na realidade, tratava-se de uma prova iniciática igual há que os peregrinos de todas as épocas têm de vencer para alcançar o cume da Iluminação. Segundo a lenda, os fracos que se deixavam seduzir pelas belas mulheres-flores ficavam escravos do cruel mago negro Klingsor, e assim não logravam alcançar o Montsalvat, eterno objectivo de todos os demandantes da Suprema Realização Interna.


CHAGA QUE NUNCA DEIXA DE SANGRAR

 

AMFORTAS É A EXPRESSÃO DA HUMANIDADE SUBJUGADA AO SEXO 

Amfortas é o paradigma perfeito do Género Humano. Herdando do seu pai Titurel a guarda da Taça do Santo Graal e da Lança, sofre os ataques mágicos de Klingsor. Cede às tentações da feiticeira Kundry que mina a sua resistência, sendo por fim envolvido pela maya dos desejos. Como consequência, perde a soberania da Lança que fora de Longuino, ficando assim desarmado e enfraquecido. Na luta que trava com Klingsor é ferido pelo necromante sinistro. A ferida transforma-se num chaga que carregará por todo o resto da sua existência. A chaga constitui-se uma verdadeira maldição por ter conspurcado a sua pureza virginal com sentimentos impuros e egoístas violadores das suas origens. Segundo JHS, “a ferida de Amfortas é a expressão da Humanidade ainda subjugada pelo pesado madeiro do sexo, a que está presa desde que a Hierarquia dos Kumaras legou a polarização sexual aos seres humanos nos meados da 3.ª Raça-Mãe Lemuriana. Chaga que só será curada com o retorno ao Androginismo Perfeito, que será uma das características das Raças futuras”.



PARSIFAL, O REDENTOR 

Parsifal é o Redentor Síntese que sempre aparece em todos os fins de Ciclos para o dealbar de novas Eras portadoras de Amor, Verdade e Justiça. Trará essa derradeira Mensagem, no sentido de restaurar a pureza original perdida desde a expulsão de Adão do Paraíso Terrestre das tradições. Ele restabelecerá na Face da Terra todo o Esplendor do Santo Graal, a fim de firmar os seus divinais valores na consciência da Humanidade redimida dos seus pecados.



O PAPEL DE KUNDRY

Kundry expressa o elemento feminino, tanto que é a única personagem feminina do drama wagneriano. É ela quem provoca a exacerbação das paixões e desejos irrefreados. Assim, actua como um agente dinamizador da polaridade indispensável para que a Evolução se processe. No drama, ela aparece como sendo a escrava de Klingsor que a impele a fazer um papel contrário à sua essência intrínseca. Mas não deixa de ser o fiel da balança, pois ao mesmo tempo que é um agente corruptor é também um instrumento da redenção do Homem. Neste último sentido, ela é a expressão da Mãe Divina que é de natureza virginal. Kundry, após seduzir Amfortas levando-o à queda (queda no sexo), tenta envolver o próprio Parsifal que é o paradigma do Andrógino Divino, portanto, incorruptível por natureza.



GURNEMANZ É A TAÇA PERSONIFICADA

A Taça do Graal também tem o sentido de Arca da Aliança, de Livro e de Pedra. Guarda em seu augusto seio todas as experiências positivas da Obra do Eterno na Face da Terra. É o Repositório Cósmico onde estão em custódia todos os valores reais, e por isso é considerado a Jóia mais rara que existe no Mundo, eternamente demandada pelos Cavaleiros do Santo Graal de todas as épocas. Segundo a mitologia germânica, Gurnemanz é o Mestre de Parsifal. Ele personifica a tradição sagrada dos ideais mais nobres que animam a Humanidade. Ele é o verdadeiro Cavaleiro do Santo Graal. É o eterno Vigilante que resguarda os mistérios que estão por detrás de todas as revelações. Gurnemanz é o Guardião ou a Memória onde se resguardam os valores reais que devem eternizar-se através das Idades, e que só os Cavaleiros puros de mente e coração conseguem encontrar.

 


 



Fonte:
Cadreno Fiat lux 20