Síntese do Capitulo VII – Alquimia,
de os Pergaminhos Voadores
Acredita-se que o primeiro uso da palavra Alquimia deve ser encontrado nas obras de Julius Firmicus Maternus, o Astrônomo, que viveu no tempo do Imperador Constantino. Firmicus escreveu que “deve ser bem qualificado em Alquimia aquele que nasce quando a Lua está na Casa de Saturno”. Ele também foi um Astrólogo; então que casa ele quer dizer? A casa do Dia (Aquário) ou da Noite (Capricórnio) de Saturno? Ou será que ele, como alguns Astrólogos modernos, atribuiu um destes, Aquário, a Urano?
Diz-se que a Biblioteca Imperial de Paris possui o mais antigo Volume Alquímico conhecido; é de Zosimus de Panopolis, escrito em grego por volta de 400 A.D. e é intitulado A Arte Divina de Produzir Ouro e Prata. O próximo tratado mais antigo sobre a Alquimia que se saiba que existe é de Aeneas Gazius, escrito em grego por volta de 480 A.D.
Os autores medievais muitas vezes chamam a Alquimia de “Arte Hermética”, implicando uma origem de Hermes Trismegistos do Egito, o semi-deus pré-histórico, ou professor inspirado, a quem devemos a Tábua de Esmeralda. Foi dito por um velho escritor grego que os segredos herméticos foram enterrados no túmulo de Hermes e foram preservados até a época de Alexandre o Grande, que fez com que seu Túmulo fosse aberto, para procurar por esses segredos, e que ele encontrou os documentos, mas que seus sábios não podiam entendê-los. Muitas partes da sabedoria humana têm falecido de tempos em tempos devido à compreensão Humana.
A Ciência da Alquimia existiu, foi estudada e ensinada em Quatro planos:
- Em Assiah, houve a Química oculta Antiga, a Química do Adepto; que acrescentou à habilidade e conhecimento da matéria a habilidade mágica e a Força da Vontade da capacidade de agir sobre a “Alma das coisas” – suas contrapartes astrais.Aqui a transmutação é um fato físico, e uma possibilidade. – Isso foi tanto praticado quanto fingido, e verdadeiros Tratados foram escritos.
- Em Yetzirah, está a alquimia psíquica, o poder da criação de formas vivas. – Isso foi praticado, mas raramente pregado.
- Em Briah está a Alquimia Mental; – as criações da Arte e do Gênio, a música, a imagem e a escultura dotados de alma; – isso foi praticado e não pregado até os tempos modernos.
- No Plano Altíssimo, o Espiritual, a prática era quase desconhecida, exceto por alguns Magi completamente ocultos; mas foi escrito por alguns filósofos bons e verdadeiros, que formularam seus pontos de vista sobre a origem e o destino do homem, a sua descendência de Deus, e a sua possível reascensão a Deus, na linguagem do Plano Material para evitar a perseguição e destruição, pelas mãos dos sacerdotes das igrejas estabelecidas.
O Alquimista professou o conhecimento e incentivou o pupilo a buscar por três coisas acima de tudo:
- O Elixir Vermelho para transformar metais Comuns em Ouro;
- O Elixir Branco para transformar metais Comuns em Prata;
- O Elixir Vitæ para administrar ao Vegetal e animal; para intensificar a vida, para prolongar a vida, e para expandir a vida.
Prosa narrando a sequência do processo de trabalho Alquímico:
“A Grande Obra deve ser iniciada quando o Sol está na casa Noturna de Saturno: a Negritude aparece em quarenta dias, quando o Sol está na casa Diurna de Saturno: a Negritude se aprofunda na casa Noturna de Júpiter, ao alcançar Áries uma separação ocorre. A Brancura da Lua se desenvolve quando o Sol está na casa de Câncer da Lua. O Sol começa a sua forma especial de mudança em Leão, sua própria casa. A Vermelhidão é produzida na casa diurna do metal Vermelho do Cobre, Vênus, ou seja, Libra, em seguida segue Escorpião, e o Trabalho chega à conclusão em Sagitário, a casa diurna de Júpiter”.
Foram ensinados dois esquemas simbólicos para a atribuição dos metais às Sephiroth – cada um é capaz de contestar – para demonstrar certas alianças e as relações destes Metais alquímicos:
- Nitrogênio = Binah, sempre um Gás – muito passivo – não suportam nem a vida e nem a combustão.
- Flúor = um Gás – muito ativo, quase intangível.
- Cloro = um Gás – de cor amarela como o ouro, acre, cáustico.
- Bromo = mais pesado, mais básico, líquido vermelho.
- Iodo = um cobre vermelho e hermafrodita.
- Carbono = Tiphereth, é o não-metal mais notável – se combina com os outros, formando alianças com outros elementos de imenso número – todas as substâncias vegetais e animais são compostos formados de Carbono como Base.
- Fósforo e Enxofre, representam Yesod e Malkuth, ambos sólidos, e completam a escala.
A Alquimia ensinava que todos os metais consistiam de Mercúrio dos Filósofos e de Enxofre, que o fixava – o tornava sólido.
“A Pedra Filosofal é um corpo ígneo mais sutil, fixo e concentrado, que quando é adicionado a um metal fundido une-se, como se por uma virtude magnética, ao corpo Mercurial do metal, vitaliza e limpa tudo que é impuro, e então ali resta uma massa fundida de puro Sol”.
Até onde eu sei, – eu não falo por orientação – o poder da transmutação pode surgir lado a lado com outras consecuções mágicas – Labor omnia vincit. Não é conferido por qualquer Grau – ocasionalmente é redescoberto pelo estudante em particular: nunca é realmente ensinado em tantas palavras. Pode surgir sobre qualquer um de vocês, – ou o evento mágico pode ocorrer quando menos se espera!
Por W. W. Westcott
O Le Dictionaire Mytho-Hermetique afirma que “A ‘Fonte encontrada dentro do Jardim’ é o ‘Mercúrio dos Sábios’, que vem de diversas fontes porque é o ‘Princípio’ dos sete metais, e é formado pela influência dos sete planetas, embora somente o Sol seja propriamente dito o Pai, e a Lua, a Mãe. O Dragão que bebe três vezes é a putrefação que vence a matéria, e é assim chamado por causa de sua cor negra, e este Dragão perde suas escamas, ou pele, quando a cor Cinza sucede a Preta. Você só terá sucesso se o Sol e a Lua te ajudarem; por meio do regime do Fogo você deve clarear a cor Cinza à brancura da Lua (e então obter a vermelhidão do Sol como a última etapa). Por ‘peixes’ se quer dizer as bolhas no cadinho aquecido. O ‘lago’ frequentemente significa vaso, balão, frasco, alambique”.
Fontes:
https://www.hadnu.org/publicacoes/os-pergaminhos-voadores/vii-alquimia/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Um dos Princípios do Caminho Óctuplo de Buda era:
Palavra Correta.