GRAUS DA SENDA VERDADEIRA
DEFINIÇÃO DE INICIACÃO
A palavra Iniciação se origina de duas palavras latinas, in, dentro de; e ire, ir, andar; portanto, a formação de um principio, ou o ingresso em algo. Na sua mais ampla acepção, representa — no caso que a primeira iniciação é aquela em que se deu o primeiro passo no reino estágio naquela vida. É o primeiro passo, e os passos sucessivos, no Caminho da Santidade. Literalmente, portanto, o homem que recebeu a primeira iniciação é aquele que deu o primeiro passo no reino espiritual.
Aspectos da Iniciação
A Iniciação, ou processo de expansão da consciência, faz parte do processo normal do desenvolvimento evolutivo, encarado de um ponto de vista mais amplo e não do ponto de vista do indivíduo.
Torna-se claro, portanto, por que o grande Hierofante, o Senhor do Mundo, somente oficia na terceira iniciação. É a primeira na qual Ele entra em contato com o iniciado. Antes, isto não seria possível. Nas primeiras duas iniciações, o Hierofante é o Cristo, o Instrutor do Mundo, o Primeiro Nascido entre muitas irmãos, um dos primeiros de nossa humanidade a atingir a Iniciação. Antes que a quarta iniciação possa ser atingida, o trabalho de treinamento é intensificado e a precipitação e acumulação de conhecimento se tornam inacreditavelmente rápidas. O iniciado tem acesso frequente à biblioteca de livros ocultistas e depois desta iniciação ele pode contatar não só o Mestre ao Qual está ligado e com o Qual tem trabalhado conscientemente por um longo tempo, como pode contatar e ajudar, até certo ponto, os Chohan, o Bodhisattva e o Manu.
É importante perceber que a pessoa já é uma iniciada, antes que ele ou
ela se coloque diante do Iniciador. A alma humana, o primeiro mestre,
traz o seu veículo ao ponto de iniciação através de sua experiência de
vida e meditação. Então o Mestre (da Hierarquia) dá um passo à frente, e
por uma combinação de estímulo, testes e oportunidade de serviço
apresentada, prepara o candidato para vir adiante do Hierofante, para
receber o impacto da energia do Cetro da Iniciação que Ele maneja. O
Cristo, Maitreya, é o Hierofante na primeira e segunda iniciações, a
terceira e iniciações mais elevadas sendo tomadas diante do Senhor do
Mundo, Sanat Kumara, em Shamballa.
A História do Evangelho e o Caminho da Iniciação
A jornada evolucionária na qual nós estamos engajados é marcada por cinco grandes pontos de crise, grandes expansões de consciência, os cinco passos para Libertação e Maestria. Estas são as cinco iniciações planetárias, que nos libertam de mais experiências de encarnação nesta Terra. Todos os Mestres tomaram estas cinco iniciações (alguns tomaram mais, iniciações mais elevadas), e Suas presenças neste mundo é o resultado de uma decisão consciente em servir o Plano de Evolução e não de nenhuma necessidade, através do karma pessoal, para encarnar.
A história do evangelho é realmente a história da iniciação, uma história apresentada para a humanidade continuamente, de formas diferentes.
As Duas Primeiras Iniciações
A primeira iniciação é chamada de Nascimento do Cristo e é simbolizada
pelo nascimento do Discípulo Jesus em Belém. É o resultado
do nascimento da consciência do Cristo na caverna do coração, e
aspirantes que passaram por esta experiência terão orientado a si mesmos
em direção à vida espiritual - o que não significa necessariamente a vida
religiosa. Uma retidão geral de conduta e pensamento, e uma atitude de
boa vontade serão demonstradas. O caráter ainda pode ter muitas falhas
(o ideal raramente é alcançado), mas uma nova e mais compreensiva e
inclusiva atitude para com todos os seres será demonstrada, e o desejo
por servir será forte.
Quando a energia
evolucionária que nós chamamos de Princípio ou Consciência Crística é
despertada no coração humano (o centro do coração espiritual no lado
direito do peito), o homem ou mulher se torna pronto para preparação
para tomar a primeira iniciação.“Os pecados da carne” como diz a fraseologia cristã, devem estar dominados; a gula, a embriaguez e a licenciosidade não devem mais ter influência dominante. O elemental físico não mais encontra suas exigências obedecidas; o controle deve ser completo e a tentação, morta. O canal entre o superior e o inferior se alarga e a obediência da carne é praticamente automática.
A segunda iniciação demonstra o controle emocional, controle
do elemental astral, assim como a primeira demonstra controle do elemental físico. É dito que esta iniciação é a mais difícil. O iniciado imerso nas brumas do desejo, das névoas astrais, precisa clarificar suas respostas à realidade e libertar-se da escravidão emocional.
Esta é chamada a Iniciação do Batismo, e é simbolizada para nós pelo Batismo de Jesus no Jordão.
O Mestre Djwahl Khul escreveu: "A segunda iniciação é profundamente difícil de se tomar. Para aqueles sobre o primeiro e segundos raios de aspecto, é provavelmente a mais difícil de todas."
A aspiração e propósito de servir, amar e progredir se tornam tão fortes que, habitualmente, é visto um rápido progresso. É isto que explica o fato desta iniciação e a terceira frequentemente, se seguirem uma à outra.
As Duas Iniciações Subsequentes.
Na terceira iniciação, a primeira verdadeira iniciação da alma, chamada de Transfiguração, e é simbolizada pela Transfiguração de Jesus no Monte, a personalidade inteira é completamente integrada, imbuída pela alma e respondendo agora à energia da Mônada com a luz vinda do alto. É somente após esta iniciação que a Mônada definitivamente conduz o Ego, derramando sua vida divina, ainda mais, no canal preparado e purificado. "A Jóia do Lótus no coração do Lótus".
A lei das correspondências, se aplicada aqui, poderia ser bem reveladora e demonstrar uma analogia interessante entre os métodos de individualização nas varias cadeias, e as expansões de consciência que ocorrem nas diferentes iniciações. A personalidade atingiu, agora, um ponto no qual suas vibrações são de uma ordem muito elevada, sendo a matéria, nos três corpos, relativamente pura, e sua capacitação da obra a ser feita no microcosmo e a parcela a ser tomada no trabalho do macro cosmo, bem avançadas. Com a segunda iniciação já atrás dele, o iniciado precisa aprender o controle de seu veiculo mental.
A vida de um homem que atinge a quarta iniciação, ou a Crucificação, no Oriente, ela é chamada de a Grande Renúncia, é de grande sacrifício e sofrimento. É a vida do homem que faz a Grande Renúncia e, mesmo exotericamente, ela é vista como extenuante, árdua e dolorosa. Ele abriu mão de tudo até mesmo de sua personalidade perfeita, sobre o altar do sacrifício, e permanece à parte de tudo. Tudo é renunciado, amigos, dinheiro, reputação, temperamento, seu lugar no mundo, família, e até mesmo a própria vida, pela vida espiritual mais elevada.
As Iniciações Finais
Aplicação do Cetro da Iniciação pelo Bodhisattva, nas duas primeiras iniciações, permite ao iniciado controlar e utilizar a força do eu inferior, a verdadeira energia santificada da personalidade em serviço; na terceira iniciação, a aplicação do Cetro pelo Iniciador Único torna muito mais amplamente disponível a força do Eu Superior, ou Ego, e traz à ação no plano físico, a total energia armazenada durante numerosas encarnações no veiculo causal.
Na quarta iniciação, o Ego se apropria da energia de seu grupo egóico para usá-la em bem da evolução planetária.
Na quinta iniciação, então se segue (e este é o cerne da história do evangelho Cristão), a quinta iniciação, a Ressurreição, simbolizada pela ressurreição do corpo de Jesus depois da Crucificação. força ou energia do planeta (compreendida esotericamente e não meramente a força ou energia do globo material) está à sua disposição. Durante estas cinco iniciações, aqueles dois grandes seres, primeiro o Bodhisattva e depois, o Iniciador Único, o Senhor do Mundo, Sanat Kumara, são os administradores ou hierofantes. Após estas cerimônias, se o iniciado escolhesse atingir as duas iniciações finais que podem ser atingidas neste sistema solar, um tipo de energia em expressão ainda mais alta do Eu Uno, que apenas vagamente pode ser pressentida, viria à ação. “Quando um homem toma a quarta iniciação, ele funciona no veiculo do quarto plano, o búdico, e passou permanentemente do circulo-não-se-passa da personalidade. Este grande ato de renuncia marca o momento quando o discípulo não possui nada nele que o relacione aos três mundos (físico, astral e mental) da evolução humana. Quando o iniciado está livre da atração da matéria para sempre, um Mestre perfeito. O objetivo evolucionário foi alcançado e o Mestre terminou sua experiência de vida neste planeta. Sua escolha de permanecer ou não nesta Terra e então servir ao Plano de nosso Logos Planetário é apenas Dele.
Na sexta iniciação, a expressão desta Existência num plano intermediário, um Ser Que no presente deve permanecer anônimo, maneja o Cetro e administra o juramento e o segredo. Nestas três expressões de governo hierárquico - Sanat Kumara na periferia dos três mundos, o Ser Inominado nos confins dos planos superiores da evolução humana e o próprio Espírito Planetário na etapa final - temos as três grandes manifestações do Próprio Logos Planetário. Através do Logos Planetário, na grande iniciação final, flui o poder do Logos Solar, e é Ele Quem revela para o iniciado que o absoluto é a consciência em sua mais completa expressão, embora na etapa da existência humana, o Absoluto deva ser considerado como inconsciência. A Ascensão, simbolizada pela ascensão do Cristo depois de Sua aparição diante dos discípulos no corpo ressuscitado de Jesus, marca a sexta experiência iniciatória e confere Consciência Cósmica e total imortalidade ao corpo do Mestre Ascenso.
Na sétima iniciação, o Uno do Qual Sanat Kumara é a manifestação, o Logos de nosso esquema no Seu próprio plano, se torna o Hierofante.
Existem iniciações mais altas que chamam os Mestres para outros esforços.
Os requerimentos para cada iniciação necessariamente mudaram conforme a humanidade evoluiu; cada novo estágio alcançado pela humanidade como um todo, leva estes requerimentos acima.
No livro "Iniciação Humana e Solar", Djwal Khul nos fala a respeito das iniciações:
"A cerimônia de iniciação marca um ponto de realização. Ela não traz a realização, como é tão frequentemente mal compreendida. Ela simplesmente marca o reconhecimento pelos Instrutores alertas da raça de um ponto bem definido na evolução alcançada pelo pupilo, e proporciona duas coisas:
1. Uma expansão de consciência que admite a personalidade à sabedoria obtida pelo Ego, e nas iniciações mais altas à consciência da Mônada.
2. Um breve período de iluminação onde o iniciando vê a porção do Caminho a ser trilhado diante dele, e onde compartilha conscientemente do grande plano de evolução.
Após a iniciação, o trabalho a ser feito consiste grandemente em tornar aquela expansão de consciência parte do equipamento de uso prático da personalidade, e em dominar a porção do caminha que ainda tem que ser percorrida."
Os Sete Caminhos Das Mónadas
Ao completar sua evolução, a Mónada já liberta da Lei do Karma poderá então escolher um dos sete Caminhos que se apresentam diante de si, a saber:
1.Entrar para o Nirvana despojando-se de todas as vestes, ou seja, assumindo a veste Dharmakaya. Poderá ser um Avatara, se o quiser.
2.Usar a veste Shambogakaya, isto é, conservar seus átomos permanentes superiores, podendo manifestar-se quando quiser por ter como criar os seus veículos.
3.Conservar o seu Corpo Causal e todos os átomos permanentes. Isto significa que assumea veste Nirmanakaya.
4.Continuar encarnado quanto tempo quiser, fazendo parte do Governo Oculto doMundo, pois trata-se de um Imortal.
5.Passar àCadeia seguinte servindo como Construtor de um novo Mundo, renun-ciando ao Devakan.
6.Incorporar-se ao Mundo invisível dos Devas e continuar o seu trabalho evolucional em outras dimensões, como um Obreiro da Evolução.
7.Unir-se ao Logos no comando e responsabilidade que o cargo impõe.
Existem sete caminhos da Evolução Superior que determinam o futuro de um Mestre:
(1) o Caminho do Serviço Terrestre;
(2) o Caminho do Trabalho Magnético;
(3) o Caminho do Treinamento para Logos Planetário;
(4) o Caminho para Sírius;
(5) o Caminho de Raio;
(6) o Caminho sobre o qual o Próprio Logos está;
(7) o Caminho da Filiação Absoluta.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Senda
http://teosofiacientifica.blogspot.com.br/2010/05/a-evolucao-setenaria-na-teosofia.html
http://www.teosofico.com/artigo/o-que-s%C3%A3o-inicia%C3%A7%C3%B5es
http://www.teosofia-liberdade.org.br/
INICIACÃO HUMANA E SOLAR - Alice A. Bailey
A MISSÃO DE MAITREYA - Benjamin Creme
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Um dos Princípios do Caminho Óctuplo de Buda era:
Palavra Correta.