08/12/2017

Platão - Principais Obras / Download


Platão


στην Ακαδημία του Πλάτων


Fédon


Dois temas são fundamentais nesta obra, cuja elaboração estima-se em aproximadamente 387 a.C.: a imortalidade da alma e o modo como um homem sábio encara a morte. O diálogo se passa em Fliunte, uma cidade de Sícon, no nordeste do Peloponeso, na Grécia, um dos mais importantes centros do pitagorismo. As personagens são Fédon de Élis, discípulo de Sócrates, Símias e Cebes, originários de Tebas, onde foram discípulos do pitagórico Filolau Críton, um rico ateniense e amigo de Sócrates e Equécrates, a quem Fédon conta a morte de Sócrates. Assim, a estrutura do diálogo se dá em alguns temas que perpassam o diálogo, que consiste em se discutir a visão da morte como libertação, discutindo-se a relação entre corpo e alma, e sobre a existência da alma em relação ao corpo, a teoria das ideias, a degradação na alma nas sucessivas reencarnações, e no epílogo a última mensagem de Sócrates.


 

Banquete


Essa obra, de cerca de 380 a.C., pode ser tida como uma resposta de Platão às acusações da cidade contra a filosofia. Platão narra uma festividade na casa de Agaton. Estavam presentes a esse banquete, entre outras pessoas, Aristodemo, amigo e discípulo de Sócrates; Fedro, o jovem retórico; Pausânias; o médico Eriximaco; Aristófanes, o comediante que ridicularizava Sócrates, e o político Alcibíades. E também o velho Sócrates. O exagero cometido na festa do dia anterior, sobretudo o excesso de bebida, fatigara os convidados de Agaton. Pausânias propôs então que, em lugar de beber, ficassem ali a conversar, a discutir ou que cada um fizesse algo “diferente”.

Essa proposta de Pausânias foi aceita por todos. Ao que Eriximaco acrescentou que se fizessem elogios a Eros, assim os convidados deveriam fazer um discurso para louvar o amor. Pausânias, ao afirmar que há mais de um Eros, dividido entre bem e mal, real e divino, é o primeiro a discursar; Eriximaco, o segundo, aponta como o amor não exerce influência apenas nas almas, mas que dá também a harmonia ao corpo; Aristófanes, então, toma a palavra, demarcando que o amor é o desejo e a procura da metade perdida por causa da nossa injustiça contra os deuses, Agaton, o anfitrião e o último dos elogiosos ao amor, não se propõe enaltecer os benefícios que Eros faz ao homem, mas sim cantar o próprio deus e a sua essência, passando em seguida a descrever-lhe o dote.

Após toda essa longa lista de virtudes atribuídas a Eros, nota-se o quanto o poeta se distancia de sua proposta inicial e de seu preceito metodológico; Sócrates, um dos presentes, propõe dialogar sobre a definição do amor. Expõe como Diotima lhe ensinou a genealogia do amor e chega ao apontamento crucial sobre o conceito de amor: o que se ama é somente aquilo que não se tem. A verdade é algo que está sempre mais além, inquietação que faz do amor um filósofo.




A República


A República (Politeia), de cerca de 375 a.C., é o diálogo mais célebre de Platão, o mais lido e o mais comentado ao longo da história. Nele é discutida a questão do tempo, e de como impedir que a cidade, já não mais afeita a uma tradição aceita por todos, seja capaz de se submeter ao princípio da discussão sem deslizar nos caprichos dos interesses particulares e da dispersão. A República contém diversos temas filosóficos, sociais e políticos entrelaçados.

A questão chave é a da justiça em seu sentido amplo, oportunidade que Platão aproveita para tecer comentários sobre a educação e o tema genérico do conhecimento das coisas. O livro 1 goza de certa independência, sendo que os demais (ao todo são 10), tratam de temas variados: A formação das lideranças (os guardiões) está presente nos livros 2, 3, 4, 5 e 6; a formação dos governantes, classe especial dos guardiões, nos livros 6 e 7; uma vez compreendida a tarefa pública, Platão a compara com o que acontece nas cidades existentes (livro 8I); diante do desafio de Trasímaco ao tratar das conveniências da tirania (livro 9), Platão encerra (livro 10) com a proposição de um mito, tratando da importância da arte, do destino e da liberdade.



Teeteto


Diálogo platônico sobre a natureza do conhecimento. Escrito nos meados de 369 a.C, nele aparece, talvez pela primeira vez explicitamente na filosofia, o confronto entre verdade e relativismo. Desse diálogo provém uma definição tradicional do conhecimento como crença verdadeira justificada. Os personagens principais no diálogo são Sócrates, Teodoro de Cirene e o matemático Teeteto. Há ainda dois personagens que aparecem apenas do início do diálogo: Terpsião e Euclides.

A obra está dividida em três partes, cada uma com momentos do debate entre Sócrates e Teeteto, as duas principais figuras desse diálogo. Platão pretende, através dele, provar que é possível chegar ao conhecimento através da razão, e não pela subjetividade gnoseológica dos sofistas, que afirmavam que os sentidos determinam o conhecimento. Assim, Sócrates rechaça as quatro teses de Teeteto: de que o saber não pode ser definido mediante exemplos; de que ele não é percepção, nem opinião verdadeira, e nem uma explicação acompanhada de opinião verdadeira. Sócrates rebate esses argumentos de um ponto de vista crítico, formulando questões sobre as suas teses, sem se chegar a um conceito definido.





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Um dos Princípios do Caminho Óctuplo de Buda era:
Palavra Correta.